Na foto Sr. Arlindo Ferreira e sua esposa Zélia Moura Melo Ferreira.
Arlindo Ferreira da Silva em sua trajetória de vida deixou um grande legado para o município de Lajedo, tanto na imprensa, sendo o diretor-presidente do primeiro jornal que circulou em nosso município, como também na vida pública assumiu todos os cargos públicos eletivos do município. Foi vereador, presidente da câmara, vice – prefeito, e por um curto período prefeito nos últimos dias da administração do Sr. Francisco Ferreira rosa.
O jornal era chamado a “Voz de Lajedo”. Tratava – se de um periódico semanal, sempre distribuído nos domingos após a missa. A primeira edição do mesmo foi publicada em 27 de outubro de 1956. Tendo como seu diretor- presidente o Sr. Arlindo Ferreira da silva.
Ao analisarmos as principais temáticas do referido jornal, observamos alguns quadros interessantes. Os principais temas abordados tratavam se de notícias sociais e sobre a política local. Havia uma página dedicada à literatura lajedense, assinado pelo Sr. Antônio Oliveira, autor do Hino de Lajedo.
Também havia algumas colunas interessantes como: “Você Sabia”? “Negócios da China”? “Política em Quadrinhos” e “A Bola da Semana”. O Jornal “A Voz de Lajedo” circulou semanalmente até o dia 26 de maio de 1957. Há uma matéria na ultima edição do jornal esclarecendo que por falta de recursos não teria como dar continuidade a edição do referido jornal.
Após um ano inativo, em 19 de maio de 1958, circulou mais uma edição do jornal “A Voz de Lajedo”, sendo está a ultima edição do referido periódico.
O Sr. Arlindo Ferreira da Silva inicia sua vida pública desde a emancipação política de Lajedo, sendo vereador no período administrativo de 19/05/1949 a 19/05/1953 e no período administrativo de 19/05/1957 a 19/05/1961. Presidente da Câmara Municipal de Lajedo no segundo biênio no período administrativo de 19/05/ 1961 a 19/05/1965, tendo como prefeito o Sr. Francisco Ferreira Rosa.
Nesse referido mandato, no dia 25 de abril de 1965, faltando 25 dias para encerrar o mandato, Arlindo Ferreira da Silva, sendo o presidente da câmara assumiu o cargo de prefeito, substituindo Francisco Ferreira Rosa que entregou o cargo para concorrer como candidato a vereador, na eleição que aconteceria no mesmo dia.
O presidente da Câmara assumiu o exercício de prefeito durante esse período até que o novo prefeito eleito fosse empossado no cargo lhe conferido.
Nesse tempo em que esteve a frente da Prefeitura Municipal de Lajedo, construiu a Praça Manoel Ferreira da Silva, (nome dado em homenagem ao seu pai) que hoje está localizada ao lado da atual Escola Pe. Antônio Barbosa e liga a Avenida Governador Agamenon com a Praça Simpliciano Cardoso.
Foi mais uma vez Presidente da Câmara no período administrativo de 30/01/1970 a 31/01/1973, dessa vez no primeiro biênio (dois primeiros anos). Logo no mandato subsequente assumiu o cargo de Vice – Prefeito, no período administrativo de 31/01/ 1973 a 31/01/ 1977, sendo Prefeito o Sr. José Ferreira Rosa.
Observando os serviços prestados pelo Sr. Arlindo Ferreira da Silva, para o nosso município, vemos um exemplo de comprometimento para com a causa publica, a ele deveria ser prestada uma homenagem enquanto vivo, pois depois que a nossa vida é ceifada de nada vale mais toda e qualquer homenagem.
A sua esposa Professora Zélia Moura Melo Ferreira recebeu uma homenagem em ter seu nome registrado como o nome de uma escola, o que é algo quase isolado na nossa realidade, pois o nosso ordenamento jurídico não permite o nome de pessoas vivas em prédios ou espaços públicos estando em vida, a escola, que está localizada no Bairro Delmário Braga, foi nessa escola essa onde iniciei minha vida escolar.
Bom seria que esse fato fosse tomado como exemplo para o nosso município, as pessoas que contribuíram para o progresso, devem ser homenageadas em vida.
Nessa matéria observamos o principal legado do Sr. Arlindo Ferreira da Silva e da Sr. Zélia de Moura Melo Ferreira para o nosso município. A eles nossa homenagem.
Deixo para reflexão a seguinte frase: “O Valor dos grandes homens mede – se pela importância dos serviços prestados a humanidade”. Voltaire.

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